Mulheres que escreveram o destino de Nader Shah, o governante mais poderoso da Pérsia

“Quando as mulheres saem do banho, elas devem se vestir com roupas gays e, se tiverem algum engajamento, devem primeiro prosseguir para a casa de seu amigo ou amante. E se eles encontrarem um jovem bonito a caminho, devem remover astuciosamente um pouco do véu que cobre seu rosto e o retiram gradualmente, fingindo: 'Está muito quente, como eu transpiro ...' ”  Essas instruções, dadas às mulheres persas, ao deixar um banho público são de um texto do final do século XVII, intitulado, Alfândega e maneiras das mulheres da Pérsia e suas superstições domésticas por um clérigo aqa jamal khwansari (D. 1710).

Mulheres em 17^º Pérsia do século

Índice

• Mulheres na Pérsia do século XVII
• Três mulheres na vida de Nader Shah
• A mãe de Nader Shah enfrentou todas as dificuldades
• Sua mãe era seu conselheiro
• Sua esposa o ajudou a subir ao poder
• A esposa de Nader Shah foi muito astuto
• Sua esposa tinha um relacionamento lésbico
• Nader perdeu seu apoio e se desviou
• Sua esposa Rajput estava ao lado dele

Este livro foi traduzido por um cirurgião britânico, orientalista e pintor James Atkinson (1780-1852) e publicado em Londres. Ele explica que a maioria das pessoas na Inglaterra pensa no harém como pouco mais que uma prisão.

Mas, ele enfatiza, “os próprios persas consideram suas mulheres praticamente investidas com mais poder e liberdade e maiores privilégios do que as mulheres da Europa.”

Nos 17^º Century Pérsia, a visão tradicional do papel de uma mulher deveria ser confinada à casa onde eles administrariam uma casa e criariam filhos. No entanto, este texto é uma evidência de que as mulheres exerceram mais poder fora de casa do que o esperado.

Três mulheres na vida de Nader Shah

Embora houvesse muitas mulheres na vida de Nader Shah, havia talvez três que o influenciaram mais. Eles eram sua mãe, sua primeira esposa e a garota que ele se casou na Índia, nessa ordem.

A primeira mulher em sua vida foi sua mãe. Ela teve um grande papel a desempenhar em sua ascensão ao trono de um ninguém. Ela o guiou quando ele se tornou o mais poderoso governante iraniano, derrubando a dinastia Safávavid que governou a Pérsia por 200 anos.

Desde que Nader Shah cresceu em uma região da fronteira remota e selvagem do nordeste da Pérsia, muitas das regras sociais de seus tempos não se aplicariam a uma família mergulhada em pobreza abjeta. Seu pai, Emam Qoli, era um pastor humilde dos Afshars, uma tribo semi-nomadica de turcomano se estabeleceu em Khorasan.

Enquanto Nader era um dos filhos, ele usurpou a atenção de todos os pais. Possivelmente, mesmo quando criança, ele era habilidoso em manipular as pessoas para que os holofotes estivessem sempre com ele.

É sabido que seu pai lhe deu muito. Talvez essas memórias de infância foram fundamentais em Nader, provando ser um pai amoroso de seus próprios filhos. Mas essa situação não continuou por muito tempo por seu pai morreu quando ele tinha cerca de dez anos. Isso levou a um período de grande luta por sua família.

A mãe de Nader Shah enfrentou todas as dificuldades

Sua mãe colecionaria lenha que Nader e seus irmãos venderam no mercado. Eles tinham apenas um burro que eles tinham que alimentar, mesmo que isso significasse ficar sem comida.

Uma vez, ele e sua mãe foram sequestrados pelas tribos fronteiriços indisciplinadas. Era apenas a língua prateada de Nader que convenceu os homens a libertar sua mãe e ele.

Esse período de conflito em sua vida o aproximou muito de sua mãe, que também reconheceu em suas capacidades de filho e, com razão, a liberdade da família dessas dificuldades.

Sua mãe era seu conselheiro

Mais tarde, quando ele arrancou o trono da Pérsia dos Safávids, foi a seu conselho que ele permitiu que a família Safravid vivesse como cativos em seu império.

Ela sentiu que seria melhor que seus apoiadores sunitas investem alguma esperança dos safávids voltando ao poder. Matar os safávids convidaria uma rebelião aberta de seus apoiadores. Nader, ele próprio, casou -se com a filha do SAFAVID SHAH anterior, em seu conselho.

Mais tarde, Nader criou seu filho com uma neta safávida. Tudo porque sua mãe queria aplicar os apoiadores Safavid, para que eles não perturbem o reinado do filho. Ela garantiu de todas as maneiras que Nader Shah se tornou o governante mais poderoso do Irã.

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Sua esposa o ajudou a subir ao poder

A próxima mulher que desempenhou um papel significativo na vida de Nader é Firuzeh Begum. Ela era filha de Baba Ali Beg Kuse Ahmadhu, governadora de Abivard, com quem ele se casou quando estava no serviço do governador. Ele era apenas um jovem tenente na época e Firuzeh o ajudou a superar o resto para se tornar o comandante de olhos azuis do governador. Ele se tornou um general nas forças do xá safávida e criou tropas que derrotaram os afegãos, empurrou os turcos e russos otomanos para as fronteiras da Pérsia.

Foi com o entendimento tácito de Firuzeh que ele se casou com a princesa safávida. Isso lhe deu entrada na família do xá e no imenso poder. Firuzeh o guiou a manipular os nobres, chefes tribais e mulás, para que o persa Jique, (Um aglomerado de penas de garças usadas à direita do cocar) O símbolo da realeza persa foi oferecido a Nader sobre o voto popular.

Ela o aconselhou a espremer desses grupos dominantes um acordo para o fato de que, após sua morte, o trono permaneceria com sua família, garantindo assim o reinado de sua dinastia.

A esposa de Nader Shah foi muito astuto

Em troca, ela queria ser proclamada o shahbanu, dando sua completa autoridade sobre o zenana e o único a influenciar o xá. Ela aspirou a usar a coroa da imperatriz de Hindustan. Quando isso não aconteceu devido às visões pragmáticas de Nader, ela guiou o marido sobre como ele deveria limpar o tesouro de Hindustan, transportá -lo para a Pérsia, garantir uma rede comercial bem -sucedida entre Hindustan e Pérsia e receber tributos regulares do pássaro dourado do Leste.

Sua esposa tinha um relacionamento lésbico

A negligência de Nader dela devido à sua preocupação com o belo escravo de Rajput em Hindustan empurrou Firuzeh para um relacionamento lésbico com seu companheiro.  No entanto, esses assuntos eram comuns no zenana Naqueles dias e Khwansari, também alude aos relacionamentos do mesmo sexo em seu tratado do século XVII. O trabalho de Kathryn Babayan em Khwahar-khwandegi (Irmandade juramentada) demonstrou como essas práticas, que Khwansari discute, são formadas não apenas em laços de amizade platônica, mas também em relacionamentos sexuais amorosos.

Nader perdeu seu apoio e se desviou

O foco de Firuzeh permaneceu em manter seu domínio sobre as políticas e decisões do Estado de Nader Shah. Ela dirigiu um sistema de espionagem extremamente eficaz que a ajudou a livrar o enorme império de seus inimigos de Nader.

Era natural que ela desejasse o trono para seu próprio filho, mas quando ela percebeu que Nader estava determinado a não ceder à sua ambição, ela desassociou dele e se manteve longe.

Sem seu sábio advogado, Nader se desviou e se soltou em seu império uma tirania que acabou reivindicando sua vida.

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Sua esposa Rajput estava ao lado dele

Em Hindustan, Nader ficou apaixonado por um escravo de Rajput que ele fez sua rainha. Declarar um grande império foi estressante, assim como as campanhas constantes para cumprir suas próprias ambições ou revoltas. Por tudo isso, a pessoa que trouxe serenidade para sua vida foi essa esposa de Rajput, a quem ele chamou de peri, carinhosamente. Os arquivos dão seu nome como chuki.

Nader a amava por sua honestidade, sua lealdade e seu amor consumido pelo qual ela nunca havia perguntado qualquer retorno. Ela estava infinitamente grata pelo presente de seu amor. Durante os tempos de sua doença e trauma mental, ela o serviu fielmente. Nos últimos dias, quando seus amigos, filhos e Firuzeh o abandonaram, foi essa mulher que ficou ao seu lado.

Na fatídica noite, quando Nader foi brutalmente assassinado por seu próprio comandante, essa mulher dedicada estava dormindo ao seu lado. Foi peri quem acordou para avisar o marido de seus assassinos.

Embora Nader tenha levantado seu poderoso machado, ele tropeçou na beira do tapete que soletrava sua destruição.

Ninguém sabe o que aconteceu após a morte de Nader com essas mulheres dinâmicas que esculpiu a história da Pérsia durante o reinado de Nader Shah. Enquanto sua mãe morreu de causas naturais, não há evidências históricas sobre o destino de Firuzeh ou Peri. Possivelmente eles passaram o resto de suas vidas na obscuridade escondendo -se dos inimigos de Nader. No entanto, não há dúvida de que um dos conquistadores mais poderosos do mundo que se levantou do filho de um pastor para o xá da Pérsia foi navegado por algumas mulheres poderosas em sua vida. Certamente é um nome impróprio acreditar que as mulheres que são seqüestradas devido a regras sociais estão impotentes em qualquer aspecto. Freqüentemente, as evidências provaram que possuíam mais força do que a mão que segurava a espada ou o cetro.

Sutapa Basu é o autor de  A maldição de Nader Shah publicada por Readomania.